Controle de freqüência cardíaca

Disciplina: Educação Física
Ciclo: Ensino Fundamental – 5ª a 9ª
Assunto: Freqüência cardíaca
Tipo: Metodologias

Nas últimas séries do Ensino Fundamental, o trabalho com a freqüência cardíaca pode ser interdisciplinar, envolvendo, por exemplo, Ciências – aparelho circulatório e funcionamento do coração – e Matemática – estatística.

Para começar, organize com os alunos uma pesquisa de dados sobre a variação da freqüência cardíaca de repouso no decorrer da vida – na fase intra-uterina, no recém-nascido, nos primeiros anos de vida – e/ou no grupo familiar: freqüência cardíaca de repouso dos avós, dos pais, dos irmãos. Outro aspecto a ser pesquisado pode ser a freqüência cardíaca de certas espécies animais, comparadas a determinadas características, como tamanho.

É interessante apontar a relação entre freqüência de repouso e atividade física regular, mostrando que a mesma é baixa em atletas, pois o sistema cardiovascular se torna mais eficiente com essa prática. Pode-se ilustrar isso com alguns dados de atletas em destaque, ou organizar uma pesquisa de campo dos alunos, com atletas de clubes de futebol do bairro ou cidade.

O passo seguinte é fazer um acompanhamento da própria freqüência cardíaca: basal, em repouso, logo após a atividade física, e de recuperação, depois que esses conceitos tenham sido explicados em aula e aplicados em situações de campo. Com ela, é possível aumentar a consciência sobre a importância da prática de atividade aeróbia e dos benefícios que ela pode trazer para seus praticantes. Para tanto, apresente a ficha de controle da freqüência cardíaca e estipule o tempo de corrida, segundo a capacidade aeróbia de seus alunos, mantendo-o durante todo trabalho.

Texto original: Iza Anaclêto e Mônica Arruda Xavier
Edição: Educarede

(CC BY-NC Acervo Educarede Brasil)

Vida no Jardim: plantas e animais

Disciplina: Ciências
Ciclo: Ensino Fundamental – 1ª a 4ª
Assunto: Seres vivos: plantas e animais, ciclo, equilíbrio, adaptação, vida
Tipo: Metodologias

O livro “Vida no Jardim” envolve animais e plantas que vivem ou freqüentam os jardins dos centros urbanos como praças, parques, casas, condomínios.

O texto enfoca uma visita a um desses espaços da cidade, contando como vivem alguns animais e plantas, o que comem, que relações estabelecem com os outros seres vivos e algumas das adaptações que fazem para sobreviver nesse ambiente. Em cada página há atividades lúdicas, estimulando os alunos a procurarem animais escondidos, verificarem a quantidade de alguns e reconhecê-los no ambiente ilustrado.

O livro é composto por ilustrações que misturam desenhos e fotos de seres vivos, retratando de forma atraente e dinâmica o ambiente real. O texto aborda conceitos e conteúdos de forma não sistematizada. Convida as crianças a observarem os jardins, identificando o que conhecem e o que não é percebido: cadeias e teias alimentares, relação presa–predador, equilíbrio e desequilíbrio ambiental, comportamento animal, ciclo de vida, adaptações dos seres ao ambiente. Além disso, permite abordar a intervenção de agentes externos ao ambiente com atitudes destruidoras, tais como a utilização de inseticidas, a eliminação de plantas, entre outros. Há atividades complementares ao final do texto e encarte de orientação aos professores.

Antes da leitura é recomendável que os alunos manipulem o livro livremente, ressaltando suas características: ilustrações, formato, número de páginas, dados sobre o escritor e o ilustrador. O professor pode pedir às crianças para identificar o que é desenho ou foto, animais ou plantas conhecidas ou desconhecidas.

A leitura propriamente dita deve ser feita pelo professor, por partes, possibilitando comentários, explicações ou fatos pertinentes.

Após a leitura ou conforme o momento da leitura, é possível desenvolver atividades de aprofundamento, tais como:

Visita a um jardim

  • Incentivar os alunos a identificarem, nos locais das observações, plantas e animais que estejam no livro é uma ótima atividade de observação. O professor divide a classe em grupos e seleciona o que eles vão observar. Que características estão na foto, ou desenho, que garantem que aquela planta é a mesma que está no jardim? Qual o nome dado pelos cientistas a esse bicho que aqui a gente chama de ….?
  • Após a visita, o professor organiza coletivamente as informações e cada grupo elabora um texto com desenhos ou fotos. Outros locais podem ser estudados: as proximidades da escola, a própria escola, a rua etc., dependendo da região.

Escrita de texto

  • Com base na leitura, os alunos podem fazer um relato do que observaram. “Vimos que na praça existem tais e tais plantas, um tipo de bicho que parece um grilo e que não vimos no livro…” e assim por diante. Os textos podem ser expostos no mural da classe ou organizados em pequenos livros.

Exposição de desenhos de observação dos animais e plantas

  • Solicite aos alunos que, em grupos, observem e desenhem animais e plantas e, depois, montem uma exposição. Junto à amostra deverá constar um pequeno relato das características e modo de vida do animal ou planta.

Observação:

  • Para trabalhar cadeia e teias alimentares utilize o vídeo Ciências – Ecologia e Meio Ambiente – Volume 6: Os Seres Vivos – SBJ Produções – Rua Campevas, 313 – cj. 12 – Perdizes – São Paulo – SP – CEP 05016-010.

Texto Original: Vera Lúcia Moreira

Edição: Equipe EducaRede

(CC BY-NC Acervo Educarede Brasil)

Vida na cidade

Disciplina: Ciências
Ciclo: Ensino Fundamental – 5ª a 9ª
Assunto: Urbanização, equilíbrio ambiental, qualidade de vida, saúde, cadeias alimentares
Tipo: Texto

O livro “Vida na Cidade”, de Mônica Jakievicius, narra um passeio pela cidade de São Paulo. O personagem central é um sabiá-laranjeira, que conta tudo o que vê na cidade, fazendo piadas, tecendo comentários e ressaltando informações.

Apesar de apresentar algumas características de um personagem literário, o texto é informativo e introduz conceitos que podem ser explorados e aprofundados pelo professor de forma didática e sistematizada.

O livro aborda conceitos referentes aos animais e vegetais que compõem a fauna e a flora dos centros urbanos, possibilitando ao aluno estabelecer relações de equilíbrio, adaptação, ciclo, vida, interação e transformação nesses ambientes.

A leitura do livro pode ser feita pelo professor em sala de aula ou pelos próprios alunos, individualmente ou em grupos. É importante, na medida do possível, levantar hipóteses com os alunos, confirmá-las ou não, comentar ou explicar questões importantes do texto. As atividades complementares podem aprofundar cada assunto apresentado.

Sugestões:

  • Analisar as ilustrações (o livro traz desenhos e fotos que se misturam).
  • Confeccionar painéis com desenho e colagem sobre cadeias alimentares. (Clique aqui e veja um exemplo)
  • Dramatizar o texto, dividindo a classe em grupos que abordarão cada qual um assunto, criando um diálogo com o sabiá-laranjeira.
  • Realizar passeios onde os alunos possam observar animais e vegetais do ambiente.
  • Pesquisar e selecionar em jornais, revistas, textos e notícias informações sobre o ambiente da cidade, organizando uma hemeroteca.
  • Desenvolver campanhas, tais como “Combate ao Desperdício”, difundindo a necessidade de economizar água e papel, ou “Reciclagem do Lixo”, recolhendo papel, vidro e latas de alumínio para vender em postos de reciclagem. As campanhas podem ser iniciadas em classe, tornando-se, posteriormente, parte do projeto geral da escola.

Os fechamentos ou sistematizações podem ser feitos à medida que determinado assunto for trabalhado: qualidade de vida, equilíbrio e desequilíbrio ambiental, cadeia alimentar etc.

Referência bibliográfica:
JAKIEVICIUS, Mônica. Vida na Cidade. São Paulo: DCL Difusão Cultural do Livro, 1999.

(CC BY-NC Acervo Educarede Brasil)

Tropa de Elite

Disciplina: Matemática, Língua Portuguesa/Literatura, Geografia, História, Ciências
Ciclo: Ensino Médio
Assunto: Corrupção, drogas, violência, juventude
Tipo: Filme

A proposta a seguir é um desafio. Não no sentido de competição, evidentemente, mas de incitamento e provocação. O objetivo é estimular o professor a exercitar uma prática, infelizmente, nada comum nas escolas: a pesquisa de opinião. É também uma provocação, na medida em que se tira das mãos do professor o controle sobre o processo e o resultado da pesquisa, que é repassado aos alunos e às alunas. Ou seja, embora sua presença seja absolutamente fundamental em cada um dos momentos da pesquisa, não é o professor, sozinho, quem deve decidir os rumos que ela vai tomar.

Clique aqui e saiba por que trabalhar o filme

O que se espera desse trabalho pedagógico é que você, professor, não seja um “transmissor de conteúdos”, mas sim um mediador das relações que se estabelecerão a partir da atividade a ser realizada. Por quê? Por uma razão muito simples: a dimensão do tema proposto. Embora as ciências biológicas e jurídicas, por exemplo, há muito tempo tenham se posicionado em relação ao uso das drogas e, portanto, tenham muito a dizer a esse respeito, os negócios com produtos ilícitos aumentaram de tal forma –  uma vez que muitos jovens entraram no jogo – que se esperam outras abordagens sobre o assunto.

Quer dizer: se tem oferta crescente é porque há procura crescente. Seja por mera curiosidade, seja por necessidade de se sentir respeitado pelos amigos, seja por dependência química de tais produtos, o fato é que o tema das drogas não pode ser ignorado. Ao contrário, precisa ser encarado pela escola como um todo e, particularmente, por você, que todos os dias tem, bem à sua frente, adolescentes e jovens atentos não somente em saber o que você pensa sobre as coisas em geral, mas, sobretudo, como se comporta perante aquelas que, como as drogas, atingem tantas pessoas.

Sendo assim, ao que parece, restam duas opções. Ou o professor se apresenta com um discurso elaborado à base do pode-não-pode, do certo ou errado, do deve ou não deve, e, decididamente, contribui para que a conversa se encerre aí, mantendo uma perspectiva puramente moralizante; ou é suficientemente corajoso para levar para a sala um tema que, por envolver a todos, se constitui num problema social. Neste caso, certamente, você estará colaborando para que os alunos possam manifestar o que sentem e pensam sobre o assunto e, com base nisso e no que você tem a dizer, decidam o que querem para si mesmos e para os outros.

Propomos, então, que você, convencido pelas razões que justificam a segunda opção, adote os seguintes procedimentos, que duram cerca de um mês ou oito horas-aula:

1. Assista ao filme junto com seus alunos.

2. Em sala de aula, peça que cada um dos grupos discuta um aspecto abordado pelo filme. Exemplos:

  • drama vivido pelo Capitão Nascimento: estressado pela guerra diária do BOPE e profundamente humano com a morte de um garoto do morro e com o nascimento do filho;
  • características pessoais de Neto e Matias, candidatos à substituição de Nascimento no comando da Tropa de Elite;
  • significado do lema da Tropa: “faca na caveira e nada na carteira”.

3. Na aula seguinte, prepare a turma para uma pesquisa de opinião. Esta é, seguramente, uma das formas mais interessantes dos nossos alunos produzirem conhecimentos. Com base no levantamento e na discussão dos aspectos do filme, proponha a escolha de um deles para ser o objeto da pesquisa. Após a definição do tema, é preciso seguir alguns passos:

  • cada aluno ou cada grupo de alunos deve elaborar 5 perguntas e 3 alternativas de respostas sobre o tema;
  • oriente-os para que as questões sejam extremamente objetivas, isto é, tanto perguntas quanto respostas não podem dar margens a interpretações diferentes do que o pesquisador quer saber. Em geral, eles participam ativamente desse momento, buscando as palavras mais adequadas que deverão constar do questionário; exemplo:

Você é a favor da descriminalização da droga?
a) Sim
b) Não
c) Não sei

  • promova um debate para que cada um ou cada grupo possa apresentar as questões elaboradas, justificando-as e submetendo-as à apreciação dos colegas; se for o caso, encaminhe um processo de votação para escolher as 5 questões mais bem formuladas para serem posteriormente aplicadas;
  • decida com a turma o universo da pesquisa, isto é, quantas pessoas serão convidadas a responder as perguntas elaboradas pelos alunos; convém lembrá-los que nem sempre a pessoa abordada está disposta, tem interesse ou aceita ser entrevistada – atitude que deve ser inteiramente respeitada pelo entrevistador;
  • prepare com eles o cabeçalho da folha de pesquisa; a ficha deve conter somente:

Título (Pesquisa sobre….)
Local e data de sua realização
Idade e sexo do entrevistado ou entrevistada
Nome do pesquisador
Cinco perguntas com as respectivas alternativas;

  • solicite que um deles digite a folha de pesquisa e combine com a turma a distribuição das cópias da ficha padrão para cada aluno;
  • oriente-os para que sejam respeitosos e corteses com os entrevistados.

4. Não é preciso mais do que uma semana para que os alunos dêem conta dessa tarefa que, acreditem, será muito prazerosa para eles e para você também.

Diga a eles que, após terem feito individualmente as pesquisas, devem também tabular os dados. Para tanto é necessário, primeiro, que anotem o número total de entrevistados. Depois, para cada uma das 5 perguntas

  • quantos responderam alternativa A
  • quantos responderam alternativa B
  • quantos responderam alternativa C

Com esses dados, e aplicando a regrinha de três, é possível transformar em gráfico os resultados da pesquisa.

Tanto a coleta quanto a tabulação dos dados são atividades que podem ser (aliás, convém que sejam) realizadas fora do horário das aulas. Para a tabulação dos dados e apresentação em gráfico da pesquisa, oriente-os para que, caso seja necessário, busquem apoio de outros professores, de familiares e de amigos.

5. No seu próximo encontro com a turma, sugira que formem grupos de 5 alunos e, a partir dos gráficos elaborados individualmente, seja feito um outro, agora do grupo, para ser apresentado a todos os colegas. Após as apresentações, é sua vez de, junto com eles, preparar o resultado final da pesquisa.

6. Serão necessários ainda, pelo menos, dois encontros para finalizar essa proposta de produção de conhecimentos. Primeiro, para discutir o processo da pesquisa, é muito importante que você dê espaço para que os alunos contem como tudo aconteceu, o que sentiram e pensaram ao prepararem e realizarem a pesquisa, as abordagens e reações dos entrevistados, as dificuldades encontradas, as situações engraçadas que vivenciaram etc.

Depois, com o resultado final da pesquisa devidamente tabulado, é hora de provocá-los para que, individualmente e em grupos, tentem interpretar as respostas. Peça a eles que produzam pequenos textos opinativos sobre o tema da pesquisa, comparando e citando os percentuais obtidos.

Depois dessa empreitada, que sem dúvida alguma será muito gratificante para você, é  importante que você se esforce em tornar públicos os resultados da pesquisa. Importantíssimo para os seus alunos, que terão o trabalho reconhecido e; claro, para você, que ousou coordenar uma atividade cujos resultados são socialmente tão significativos.

Que o maior número de pessoas tenha acesso a essa verdadeira produção de conhecimentos não somente é desejável, mas fundamental para que a sociedade tenha uma oportunidade real de saber mais sobre si mesma. Veja algumas sugestões.

Referência

Tropa de Elite, de José Padilha. Brasil, 2007, 118 minutos

Conta o dia-a-dia de policiais do BOPE – (Batalhão de Operações Policiais Especiais). Querendo deixar a corporação, o capitão do batalhão tenta encontrar um substituto para seu posto. Ao mesmo tempo, dois amigos de infância se tornam policiais e se destacam pelo modo honesto e honrado de realizar suas funções, não se conformando com a corrupção na qual estão envolvidos tanto os seus iguais quanto os seus superiores. A classificação do filme é 16 anos.

Assista a trechos do filme

Texto Original: Donizete Soares

Edição: Equipe EducaRede

(CC BY-NC Acervo Educarede Brasil)

Saúde do Corpo

Disciplina: Ciências
Ciclo: Ensino Fundamental – 1ª a 4ª
Assunto: Temperatura corporal, febre
Tipo: Metodologias

Ao trabalhar os conteúdos referentes à saúde do corpo, o professor pode criar um clima propício em sala de aula para que as crianças construam alguns conceitos relacionados à febre, seus sintomas e controle.

A atividade pode ser iniciada com uma conversa entre os alunos sobre a questão da febre.

Sugestão:

  • O que é ter febre?
  • Qual é a temperatura normal de nosso corpo?
  • Qual é a temperatura do nosso corpo quando estamos com febre?
  • O que provoca a febre?
  • O que as pessoas sentem quando têm febre?
  • A febre ajuda o organismo em alguma coisa, ou só atrapalha?Observação: É importante que o professor diga aos alunos que a febre é uma manifestação de saúde do organismo. Ela faz com que o metabolismo seja acelerado e, com ele, o combate feito pelo sistema imunológico à infecção. Ao mesmo tempo, a febre é um indicador de que uma infecção deve estar em curso.Essa conversa poderá tratar de conceitos como febre, termômetro clínico, doenças, sintomas, entre outros.

    Ao final dos comentários, o professor pode convidar os alunos a escreverem individualmente um pequeno texto sobre o que cada um considerou mais importante durante a conversa.

    A seguir, direciona o trabalho para a realização de uma investigação de ocorrências de febre na vida da criança e de seus familiares.

    É interessante iniciar a pesquisa investigatória planejando como os alunos podem se informar sobre o assunto e focalizando os seguintes aspectos:

  • início da febre;
  • evolução do quadro;
  • temperatura máxima atingida;
  • tempo de evolução do processo até o desaparecimento da febre;
  • formas de tratamento utilizadas;
  • remédios usados;
  • cuidados tomados;
  • como a pessoa se sentiu e vivenciou o problema.Após a pesquisa, o professor solicita aos alunos (em grupos de quatro) que socializem os casos e registrem no quadro de giz as informações mais relevantes para o grupo usando os mesmos itens discutidos durante o trabalho em campo.Na síntese geral feita pela classe, o professor coordena as apresentações de cada grupo, registrando no quadro de giz os aspectos apresentados pelos alunos referentes à temperatura corporal – febre, organizando um relatório com base nas semelhanças e diferenças apresentadas nos relatos dos alunos, enfatizando os seguintes aspectos:
  • Temperatura corporal – temperatura normal: conceito de febre.
  • Causas – o que pode provocar a febre (infecção viral ou bacteriana).
  • Sintomas da febre – como o corpo reage e a pessoa se sente.
  • Tratamento e prevenção.
    Ela é feita coletivamente, e cada aluno faz as devidas anotações no próprio caderno.A avaliação é feita ao longo do processo, considerando-se o produto das diferentes atividades realizadas pelo aluno.O professor pode enriquecer a proposta ao pedir aos alunos que criem “slogans” de prevenção às doenças, fixando cartazes na escola ou na própria classe.

Texto original: Vera Lúcia Moreira
Edição: Equipe EducaRede

(CC BY-NC Acervo Educarede Brasil)

Plantas aquáticas

Disciplina: Ciências
Ciclo: Ensino Fundamental – 1ª a 4ª
Assunto: Fotossíntese, reprodução assexuada da planta
Tipo: Metodologias

Os conceitos de fotossíntese e reprodução assexuada das plantas são abstratos para os alunos da 4ª série. Um aquário com plantas aquáticas é um recurso que facilita a observação e a compreensão desses fenômenos.

Para preparar a atividade, o professor traz à sala de aula um aquário simples e cobre o fundo com uma camada de pedras. Nestas, espeta três ou quatro espécies de plantas aquáticas, que podem ser: aguapé, alface d’água ou salvínia. Essas plantas podem ser encontradas em qualquer casa especializada em peixes ou animais. Adiciona-se água até encher o recipiente.

Está pronto um pequeno laboratório, por meio do qual o professor pode mostrar que as plantas respiram, realizam fotossíntese e se reproduzem.

O professor direciona a observação dos alunos para perceberem que:

  • Quando a luz do sol incide diretamente no aquário, surgem bolhas na água. Isso indica que o processo de fotossíntese (ver abaixo) produz mais oxigênio;
  • Se alguns pedaços de caule ou pequenas raízes das plantas forem colocados na água, eles crescem normalmente, exemplificando uma forma de reprodução assexuada (ver abaixo);
  • Com excesso de luz e ausência de animais (peixes), haverá uma superpopulação de plantas, tornando a água turva. Essa situação remete à noção de equilíbrio ecológico, porque demonstra que a ausência de animais que se alimentem das plantas e que absorvam o oxigênio produzido por elas provoca interferência na vida saudável das plantas aquáticas.Com essas observações, os alunos podem acompanhar de perto alguns fenômenos de sistemas ecológicos, que ocorrem de maneira dispersa na natureza.Depois, o professor pode solicitar aos alunos a leitura de textos informativos sobre o assunto. Por fim, elabora um texto coletivo, anotando na lousa as observações e informações coletadas por eles. Faz intervenções para organizar os conhecimentos, enfatizando os conceitos e os processos de fotossíntese e reprodução assexuada das plantas.


    Fotossíntese: os vegetais produzem o seu próprio alimento, obtendo a glicose a partir da combinação de água, luz solar e gás carbônico. Essa reação libera o oxigênio das folhas submersas, em forma de bolhas. Na respiração, o gás carbônico é liberado e o oxigênio transforma a glicose em energia.

    Reprodução Assexuada: nesse tipo de reprodução, uma parte isolada da planta é capaz de criar cópias dela mesma.

Texto original: Vera Lúcia Moreira
Edição: Equipe EducaRede

(CC BY-NC Acervo Educarede Brasil)

Os segredos da flutuação

Disciplina: Ciências
Ciclo: Ensino Fundamental – 5ª a 9ª
Assunto: Flutuação e densidade dos corpos
Tipo: Metodologias

Para compreender a flutuação, é preciso considerar não só o peso ou o tamanho dos corpos, mas também a interação entre massa e volume, ou seja, sua densidade. Ao introduzir esse assunto, o professor pode lançar alguns desafios à classe:

  • Como podemos descobrir se um material ou objeto é mais denso que outro?
  • Como um navio feito de toneladas de aço pode flutuar pelos mares?
  • Todo corpo denso afunda?O professor deve anotar as hipóteses dos alunos na lousa e promover a seguinte experiência:Pedir aos alunos que peguem dois pedaços iguais de papel-alumínio. Um deve ser amassado de forma que não reste ar dentro, enquanto que o outro deve ser dobrado em forma de “barquinho de papel”. Em seguida, perguntar a eles:
  • Se colocarmos o barco na água, ele vai flutuar ou afundar?
  • E a folha amassada?Dessa forma, o professor estimula a turma a realizar a experiência. Os alunos colocam tanto o papel amassado como o barco em um recipiente (vasilha) com água. O bloco de papel-alumínio (se estiver bem amassado) vai afundar e o barco vai boiar.O barco, apesar de ser mais pesado do que a água, pode flutuar porque está preenchido com outro elemento mais leve, no caso, o ar.

    Os alunos checam suas hipóteses e o professor destaca os pontos principais da experiência. Depois coordena a elaboração de um relatório coletivo, organizando o conhecimento com informações e explicações sobre o assunto.

    Sugestão para a realização do relatório coletivo:

    Retomar as questões iniciais e solicitar aos alunos que as respondam considerando a experiência realizada e destacando os seguintes pontos:

  • O que é densidade;
  • Como perceber se um corpo é mais denso que outro;
  • Como saber se um corpo afunda ou não;
  • Quais os segredos da flutuação.

(CC BY-NC Acervo Educarede Brasil)

O que caracteriza o estado sólido

Disciplina: Ciências
Ciclo: EJA
Assunto: Estado sólido
Tipo: Metodologias

Objetivo geral
O estado sólido é caracterizado por possuir estrutura tridimensional definida, cristal. O vidro, por exemplo, não é considerado um sólido pelos cientistas, pois não apresenta essa estrutura. Esta atividade tem o propósito de fazer com que alunos de EJA (Educação de Jovens e Adultos) observem as características do estado sólido da água a partir da experimentação. É interessante que ela seja realizada com alunos que já tenham discutido o conceito de estado líquido (veja a proposta de atividade As propriedades da água no estado líquido)

Materiais utilizados
– Sal (ou outro sólido semelhante)
– Placas de zinco ou alumínio (ou outro sólido semelhante)
– Pedras de gelo
– Pequenas lupas (encontradas em lojas de um real)

Antes de apresentar o gelo aos alunos, é interessante mostrar vários sólidos para que eles identifiquem as propriedades desse estado físico.

Ao contrário do gelo, há muitos sólidos que podem se apresentar nesse estado sem estar em baixa temperatura, como é o caso do sal, do açúcar e das rochas. O estado cristalino nem sempre fica aparente, pois ele acontece em condições especiais na natureza. O professor então apresenta sólidos finamente divididos (sal), laminados (placa de zinco e alumínio) e problematiza a questão: será que esses materiais deixam de ser cristalinos por estarem finamente divididos?

Os alunos recebem amostras de sólidos e pequenas lupas para investigar a questão. Os estudantes perceberão que, vistos de perto, os grãos de sal são pequenos cristais.

Em seguida, o professor pergunta aos alunos se a água se apresenta nesse estado. Como se chama esse estado da água?

Só então serão entregues a eles as pedras de gelo para que investiguem, a partir da seguinte questão: qual é a diferença entre a pedra de gelo e os outros sólidos e quais são as semelhanças? Peça então que anotem as características do estado sólido.

Receberão a tarefa de definir estado físico, estado líquido e estado sólido em um caderno com índice. A idéia é construir com os estudantes um glossário de palavras que foram definidas coletivamente a partir da experimentação. O que se observa é que esses conceitos são internalizados pelos estudantes por serem construídos concretamente, isto é, a partir da experimentação.

Texto Original: Sandra Regina Mutarelli Setúbal

Edição: Equipe EducaRede

(CC BY-NC Acervo Educarede Brasil)

Montagem de minhocário

Disciplina: Ciências
Ciclo: Ensino Fundamental – 5ª a 9ª
Assunto: Seres vivos
Tipo: Metodologias

No estudo dos seres vivos, a observação do ambiente natural favorece o desenvolvimento das
habilidades de observar, levantar hipóteses, discutir e experimentar. Nesse sentido, a montagem de um minhocário ajuda na construção de projetos de investigação sobre a influência da minhoca na decomposição de detritos orgânicos e da luz no comportamento das minhocas.

Material e procedimentos para a construção do minhocário

  • encher um pote de vidro ou plástico incolor com camadas alternadas de terra, areia e pó de giz;
  • acrescentar água, vagarosamente, até umedecer todas as camadas;
  • colocar na superfície três ou quatro minhocas e uma folha de alface.Monte quatro minhocários, divida os alunos em grupos de trabalho e peça-lhes que observem:
  • o que os animais fazem assim que colocados no viveiro;
  • o que ocorre com dois viveiros descobertos sob a influência da luz;
  • o que ocorre com dois viveiros no escuro, cobertos com papel ou pano preto.

A cada semana programe momentos de observação e registro: a) data da observação; b) descrição do que foi observado; c) material utilizado; d) alterações.

Após quatro semanas, socialize o trabalho dos grupos e elabore, coletivamente, a conclusão: a minhoca atua na formação e manutenção da fertilidade do solo porque afofa a terra e seu tratamento digestivo aumenta o teor de nutrientes vegetais assimiláveis pelas plantas. O ambiente úmido, rico em matéria orgânica e escuro, é favorável à vida da minhoca.

Ao desativar o minhocário, coloque as minhocas em um jardim ou horta. É uma boa oportunidade para o exercício do respeito aos seres vivos.

Texto original: Vera Lúcia Moreira
Edição: Equipe EducaRede

(CC BY-NC Acervo Educarede Brasil)

Iniciando os estudos sobre densidade

Disciplina: Ciências
Ciclo: Ensino Fundamental – 5ª a 9ª
Assunto: Densidade, massa, volume
Tipo: Metodologias

Um conteúdo sempre presente no ensino de Ciências Naturais nas quintas séries do Ensino Fundamental é o conceito de densidade. Muitos professores insistem em iniciar esse trabalho ensinando a fórmula que permite o cálculo da densidade de um corpo material:

d = m / v

ou seja, densidade de um corpo (d) é igual à massa (m) do corpo dividida pelo seu volume (v).

O que geralmente os professores esquecem é que essa fórmula, na realidade, não deve ser confundida com o conceito de densidade. Ela é apenas uma maneira de calcular a densidade de um corpo, desde que seja possível determinar sua massa e seu volume.

É preciso considerar ainda a dificuldade para a compreensão do conceito de massa e suas diferenças com relação ao conceito de peso, aspectos que permanecem complicados mesmo para alunos de 1º ano do Ensino Médio.

A atividade a seguir é uma boa maneira de fazer com que os alunos de quinta série pensem sobre o conceito de densidade. A base da atividade é o material utilizado, que consiste em 5 pequenos cubos (ou paralelepípedos) maciços, todos com as mesmas medidas e feitos de materiais de diferentes densidades.

O tamanho ideal para um cubo desses é ter uma aresta entre 5 e 10 cm. Pode-se fazer um com isopor, um com madeira de baixa densidade (pinho), um com madeira mais densa (peroba, embuia ou mogno), um de alumínio e outro de ferro. Os blocos de alumínio e ferro podem ser obtidos em uma serralheria, pois nessas oficinas é comum sobrarem pedaços desses metais.

O importante é conseguir 5 blocos para que os alunos possam ordená-los por peso sem usar uma balança, apenas comparando-os nas mãos. Outros materiais como plástico, parafina (de vela), tijolo comum podem ser utilizados.

Se for possível ter um conjunto de blocos para cada equipe de alunos, melhor. Se não, o professor pode pedir a alguns alunos que realizem as tarefas da atividade na frente da classe, comentando cada solução dada pela equipe aos desafios apresentados.

A atividade inicia-se no momento em que o professor solicita aos alunos que ordenem os blocos, do mais leve ao mais pesado. Como todos têm as mesmas medidas e, portanto, o mesmo volume, pode-se perguntar: qual é o bloco feito de material mais denso? Aqui entra em jogo a densidade como sinônimo do “grau de compactação” da matéria de que o corpo é feito. O isopor tem um grau de compactação bem menor do que o do alumínio, por exemplo, o que equivale dizer que aquele tem uma densidade muito menor do que este.

Com esse material, várias situações-problema podem ser formuladas aos alunos. Por exemplo: se esses blocos forem colocados em água, quais flutuam e quais afundam? Existem algumas madeiras muito duras e que chegam a ser mais densas do que a água e, portanto, afundam. Ter um bloco dessa madeira é muito interessante para desequilibrar um resultado esperado pelos alunos de que “toda madeira flutua”.

Após discutir a fórmula de cálculo da densidade, se os alunos puderem utilizar uma balança, pode-se desafiá-los a determinar a densidade de cada bloco. Caso não seja possível, o professor pode fornecer a massa de cada bloco e solicitar aos alunos que estabeleçam o volume de cada um, medindo suas arestas com uma régua e realizando o cálculo.

Na atividade Os segredos da flutuação há uma discussão sobre o assunto que é complementar a esta atividade. Nela fala-se em densidade do material de que é feito o corpo, já que todos os blocos são maciços. Também comenta-se sobre a densidade de um corpo que não é maciço e que não é feito de um só material (um barquinho, por exemplo).

Texto original: Vinicius Ítalo Signorelli
Edição: Equipe EducaRede

(CC BY-NC Acervo Educarede Brasil)