Cabo de guerra com duas cordas

Disciplina: Educação Física
Ciclo: Ensino Fundamental – 5ª a 9ª
Assunto: Força
Tipo: Jogos

O trabalho que estimula a força muscular freqüentemente é associado a exercícios repetitivos e pouco atrativos para os alunos. Uma atividade que pode ajudar a desfazer essa idéia tão comum entre eles é o cabo de guerra, porque com ela é possível desenvolver esta qualidade física de maneira lúdica e atrativa. O objetivo a ser alcançado com esta variação do cabo de guerra tradicional é desenvolver nos alunos a noção saudável de competitividade e de cooperação.

Material necessário:
– Duas cordas grandes de sisal (aproximadamente 10 metros).
– Fita crepe ou giz.

Local:
Quadra ou pátio.

Número de participantes:
Vinte alunos ou mais.

A atividade:

  • Desenhe um quadrado de 3 metros de lado no centro da quadra.
  • Amarre uma corda à outra de modo que o nó fique no centro, formando um “sinal de mais (+)”, ou seja, com 4 pontas, cada uma delas com 5 metros, contados a partir do centro.
  • Coloque o nó no centro do quadrado e estique as cordas para os 4 lados.
  • Divida a classe em quatro equipes, buscando um equilíbrio de força entre elas.

Observação:
Esta preparação deve ser feita antes da chegada dos alunos.
Para visualizar o desenho referente ao quadrado, clique em ARQ. RELACIONADO.

a) Competitividade

O jogo funciona como um cabo de guerra normal, porém com quatro equipes. Cada uma delas deve se posicionar em uma das pontas da corda e, ao comando do professor, puxá-la para trás, de modo a arrastar as equipes adversárias para dentro do quadrado. A equipe que entrar na área delimitada pelo quadrado é eliminada do jogo.

Ao sair a primeira equipe, as três restantes devem se reposicionar de modo que o desenho formado pelas cordas esticadas seja um “Y”, com ângulos iguais entre as cordas. Quando sair a segunda equipe, o jogo prosseguirá como um cabo de guerra normal entre as duas equipes finalistas.

b) Cooperação

Esse jogo pode também ser proposto de outro modo. O procedimento inicial é o mesmo. A novidade é que o objetivo aqui é manter o equilíbrio de forças entre as quatro equipes, de modo que nenhuma delas vença. As equipes trabalharão cooperativamente, da seguinte forma:

Nomeie as equipes como A , B, C e D. Suponha que a equipe A esteja em desvantagem. Neste caso, um participante da equipe B deve se deslocar de sua equipe para auxiliar a equipe A, sem que o jogo seja interrompido.

Se, à saída deste participante, a equipe B ficar em desvantagem, então um participante da equipe C deve se deslocar de sua equipe para auxiliar a equipe B. Da mesma forma, a equipe D auxilia a equipe C, e a equipe A auxilia a equipe D. Os alunos devem se deslocar um de cada vez.

As equipes devem manter um diálogo constante, auxiliando-se umas às outras sempre que necessário, e tentando manter o equilíbrio pelo maior tempo possível. O jogo termina quando uma das equipes é arrastada para dentro do quadrado, ou quando os alunos forem vencidos pelo cansaço.

Com o desenvolvimento da percepção do grupo, que trabalha como um todo, é possível realizar este jogo sem que haja um rodízio predeterminado. Os participantes vão mudando de grupo, sempre um a um, na medida em que percebem que um grupo está em desvantagem.

Ao final da atividade, é importante que os alunos comentem sobre as sensações experimentadas durante o jogo a fim de que seja possível ampliar a discussão sobre competitividade e companheirismo.

Texto Original: Iza Anaclêto e Mônica Arruda Xavier

Edição: Equipe EducaRede

(CC BY-NC Acervo Educarede Brasil)

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