“On the Internet or In the Internet?” O Inglês faz milagres com as preposições
Disciplina: Língua Inglesa Ciclo: Ensino Médio “Está provado que só é possível filosofar em alemão.” A frase de Caetano Veloso, extraída de sua canção “Língua”, interpretada por ele e Elza Soares, permite uma boa reflexão lingüística. As línguas, em suas estruturas morfológicas e sintáticas, refletem um modo peculiar de expressão e de pensamento. A língua alemã, por exemplo, é uma espécie de metalíngua que expõe e reflete sua complexa formação. As palavras, em geral compostas por justaposição, são extensas e têm uma sonoridade assustadora – kugelschreiber é uma simples “caneta”. A ordem dos termos nas orações expõe uma lógica estrita e sem trégua ao falante, que deve estar sempre atento a sua hierarquia e flexão. Não é à toa que o alemão produziu uma importante geração de pensadores para a história da filosofia. Segundo ainda Caetano, o compositor baiano, os poetas concretos no Brasil passaram a valorizar o Inglês por estar mais próximo do Chinês se comparado a outras línguas ocidentais. A posição da palavra na frase é mais importante que a flexão, que indica uma função sintática. “O inglês – com suas anteposições de nomes que se adjetivam e os milagres que faz com as preposições [grifo nosso]– estava próximo de ser, como o chinês, poesia o tempo todo.” (Caetano Veloso. Verdade Tropical: 438). As preposições, em Inglês, são um capítulo longo e à parte. Dominá-las é fundamental para quem quer efetivamente aprender a língua anglo-saxã. Versáteis, sintéticas e precisas, elas indicam:
Entram também em phrasal verbs, dando um sentido diverso aos verbos em suas formas simples (turn = virar; turn on = ligar e turn off = desligar), e em locuções (On TV, On the radio, On the telephone, On fire, On time, On holiday, In time, In my opinion, In love with etc.). O livro English Grammar in Use, de Raymond Murphy (título de referência e prática gramatical para o estudo autodidata, voltado a alunos de nível intermediário), dedica 17 unidades (de um total de 136) ao estudo das preposições. São unidades breves, objetivas, e as ilustrações e exemplos são muito esclarecedores. Os exercícios (com respostas) são essenciais à assimilação do assunto estudado. Sugerimos ao professor trabalhar em sala de aula aquelas unidades que ensinam o emprego das preposições in/at/on (Unit 120-126), tão confundidas e, em geral, pouco acertadas pelos alunos. Não basta saber que in (dentro) serve para indicar posições internas (ao contrário de out [fora]); on é usada para o contato com as superfícies (em cima/sobre); e at, para situar lugares em que não se pode estar nem dentro nem em cima (at the window). Como explicar o emprego dessas mesmas preposições em “In the street”, “On Baker Street” e “At 7th and 5th Avenue” ? Para usá-las com mais segurança, é importante expor os alunos ao maior número de casos possíveis para que eles possam perceber os usos comuns e os específicos. Só conseguimos flagrar os milagres que a língua inglesa faz com as preposições depois de longa e intensa convivência com ela. Então, uma vez estabelecida essa convivência, verifique os conhecimentos assimilados pelos alunos e, se possível, extrapole as situações de uso das preposições. Um exemplo: Qual preposição eles usariam antes da grande rede mundial? Diriam On the Internet ou In the Internet? Se aprenderam que antes de “televisão, rádio e telefone” a gramática indica o uso de on (on television, on the radio, on the telephone), não lhes restará nenhuma dúvida! A reposta será on the internet. Se você quiser avaliar outros exercícios de preposições em letras de músicas, visite este site. São testes de múltipla escolha em que o aluno deve optar pela preposição correta para a frase indicada. Referência:
(CC BY-NC Acervo Educarede Brasil)
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