História dos Empréstimos no Léxico do Futebol

História dos Empréstimos no Léxico do Futebol

Disciplina:

Língua Inglesa

Ciclo: Ensino Médio
Assunto: Língua, história, anglicismos, vocabulário
Tipo: Sites

Onde encontrar: Site

Estudar uma língua é aproximar-se da história e da cultura de seus falantes. É entender, por exemplo, como os usuários dessa língua se comunicam com outros povos, que tipo de relações estabelecem, seu raio de influência ou de submissão, onde vivem no espaço geográfico dos continentes.

O inglês está tão assimilado na cultura brasileira que não notamos a origem de certas palavras. Nem mesmo nos surpreendemos com sua forte presença em diversas áreas da Língua Portuguesa do Brasil. O que dizer, então, de suas marcas no futebol, esporte hoje tão expressivamente brasileiro?

A leitura do texto “História dos Empréstimos no Léxico do Futebol” pode acordar o aluno para esse importante fato lingüístico. Disponível no site Com Ciência, o artigo recupera a história do futebol no Brasil para explicar o emprego de uma série de termos estrangeiros nesse esporte. São, na maioria, vocábulos ingleses tomados das regras e definições de um esporte originalmente bretão, que aqui chegou na bagagem de marinheiros ingleses e jovens brasileiros endinheirados que voltavam de seus estudos no exterior.

O autor, por exemplo, nos faz lembrar que palavras como “gol, time, chute, beque, pênalti”, tão incorporadas na narração do locutor de futebol, no texto do jornalista e na fala de todo brasileiro, nada mais são do que adaptações fonéticas do inglês “goal, team, football, shoot, back e penalty”.

O trabalho em sala de aula pode explorar ao máximo o vocabulário do texto. O professor introduz o conceito de empréstimo lingüístico e, em seguida, busca exemplos extraídos do texto, como os mencionados acima. Depois, incentiva os alunos a pensarem em mais alguns, tirados de seu próprio repertório lingüístico. Não é necessário restringir-se ao léxico do futebol. O objetivo dessa etapa é tornar o tema familiar para o aluno, que deve fazer uma primeira leitura do artigo.

Após essa primeira leitura do texto, realiza-se uma segunda mais dirigida. O professor propõe algumas perguntas de compreensão e interpretação do texto e outras mais voltadas ao estudo do vocabulário, por exemplo:

1) Que termos ingleses, ao contrário de “gol, time, chute” etc., não permaneceram em nossa língua?
2) “Quíper” e “golquíper” são aportuguesamentos de que palavras em inglês? Qual o seu equivalente em português?
3) “Equipe” e “zaga” também derivam do inglês? Se não, explique por quê.
4) Por que Luciano do Vale é considerado um usuário conservador do léxico futebolístico? Que palavra ele usa no lugar de “pênalti” e quando emprega derby?
5) O que significa derby? Há uma tradução desse termo no português?

Para concluir, é possível fazer um trabalho interdisciplinar com o professor de História e pesquisar outros períodos e áreas em que os ingleses ou norte-americanos nos emprestaram o seu léxico.

Os alunos podem, por exemplo, verificar que palavras e expressões as companhias inglesas nos transferiram, quando aqui vieram na segunda metade do século XIX investir em ferrovias e energia elétrica. Company e Light são duas que certamente entraram em nosso repertório lingüístico. “Forró” é outra cuja origem alguns atribuem aos ingleses que, quando vieram construir ferrovias no Nordeste, ali promoviam festas “For all”: festas populares para todos!

Referência:
História dos Empréstimos no Léxico do Futebol, texto disponível no site “Com Ciência”, divisão de reportagens, número “Linguagem: Cultura e Transformação”, publicado em agosto de 2001. (Clique aqui para acessar a página na Internet)

Texto original: Lilian Escorel
Edição: Equipe EducaRede

Os sites indicados neste texto foram visitados em 11/09/2002

(CC BY-NC Acervo Educarede Brasil)

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