English Grammar in Use
Disciplina: Língua Inglesa Ciclo: Ensino Médio Onde encontrar: Livrarias especializadas em línguas estrangeiras (Disal, Martins Fontes, Cultura e Fnac) Conta-nos a Bíblia que no início dos tempos os homens só falavam uma língua. Mas sua desmedida ambição de construir uma torre para se aproximar de Deus os fez cair em desgraça: foram obrigados pela fúria divina a falar línguas diferentes. O contato com uma língua estrangeira nos faz recuperar essa noção mítica de unidade e cisão lingüística original. Descobrimos o outro e os traços que distinguem sua língua da nossa. Aprendemos um pouco mais sobre nós mesmos e sobre nossa língua materna. O aprendizado de inglês nos ensina que esse idioma é muito mais conciso do que o português. Os falantes de inglês dispõem de uma estrutura e composição muito simples, enquanto nós nos expressamos por meio de unidades lingüísticas bem mais matizadas. Basta compararmos alguns pontos das gramáticas de ambas as línguas. A inversão da posição dos adjetivos em inglês e sua não-flexão de gênero e número são um deles: English grammar/English grammars x Gramática inglesa/Gramáticas inglesas.
Os tempos verbais e suas conjugações são outro exemplo. Ao contrário do complexo quadro de flexões nos diversos tempos e modos do português, os ingleses dispõem de menos tempos verbais e quase não variam em suas conjugações. No presente, acrescenta-se apenas um “s” à forma-base do verbo na terceira pessoa do singular. As demais pessoas não mudam. No passado, não apresenta nenhuma variação. O verbo conjugado é o mesmo em todas as pessoas: “I / You / He / She / It / We / You / They learned English last semester.”
Por isso, é possível aprender sem grande dificuldade os verbos em inglês. Mas nem sempre o assunto é um mar de rosas. Que o comprove o Present Perfect. Tempo espinhoso, sem equivalente direto em nossa língua. “I have learned English for some years” não equivale em português a “Tenho estudado inglês há alguns anos”, e sim a “Estudo inglês há alguns anos”. “I have been to England recently” não é o mesmo que “Tenho estado na Inglaterra recentemente”, mas sim “Estive na Inglaterra recentemente”. Como então ensinar um tempo verbal cujo valor semântico oscila entre o presente, o passado e um passado que permanece no presente? O livro “English Grammar in Use”, de Raymond Murphy, dá boas soluções para esse problema e também para muitos outros. Ágil e dinâmico, trata-se de um manual de referência e de exercícios de gramática capaz de tornar envolvente, e até divertida, a árdua disciplina. Ele é dividido em 136 unidades, que não precisam ser seguidas metodicamente, do início ao fim. Podem ser apresentadas pelo professor ou mesmo consultadas pelo aluno conforme o interesse e a dúvida. Cada unidade compõe-se de duas páginas. Na página esquerda, há explicações sucintas e esclarecedoras; e na direita, há uma média de três a cinco breves exercícios. No fim do livro, encontram-se as respostas. Que tal consultar as dicas de Murphy sobre o Present Perfect? Elas são bem elucidativas. Para os alunos, inicie o assunto com as seguintes perguntas: Have you learned the Present Perfect yet? O contraste entre Present Perfect e Simple Past é um bom modo de iniciar a discussão. Evidencie que no primeiro caso a ação acontece num passado impreciso, enquanto no segundo, a ação se dá num passado determinado: I have learned the Present Perfect recently. X I learned the Present Perfect last year. Observação: Sobre verbos consulte também SCOTT, Samantha. A Arte de Conjugar (verbos ingleses). Trad. Monica Stahel. São Paulo: Martins Fontes, 2001. Referência: MURPHY, Raymond. English Grammar in Use (with answers). Second Edition. Great Britain: Cambridge University Press, 1994. Texto original: Lilian Escorel
(CC BY-NC Acervo Educarede Brasil)
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